18 Agosto 2022 7:30
A fundação já é renomada e dispensa apresentações. Nova Escola idem. Se busca inovação em educação, esta é uma porta que tens que buscar abrir.
28 Setembro 2021 17:33
Bom dia!
Amei ler as reportagens sobre o Wellington Vitorino, divulgadas por vocês, e conhecer essa trajetória tão admirável e inspiradora.

Mas gostaria de contar pra vocês que já houve um brasileiro negro, periférico e de origem pobre selecionado e aprovado pelo Programa de MBA do MIT, Juliano Pereira dos Santos, meu companheiro (class of 2015).

Também uma mulher negra, formada no ITA, Fabiana Lima, fez MBA no MIT (class of 2014).

Juliano nasceu e cresceu na zona leste de São Paulo, na região do Cangaíba/Vila Císper, filho de mãe faxineira/empregada doméstica e de pai que que sobrevivia fazendo bicos em feiras livres e no Ceasa.
Juliano perdeu o pai com 17 anos de idade, vítima de um atropelamento numa rodovia. Ele já trabalhava e passou então a ser o arrimo da família.
Da pré-escola ao fim da graduação, sua formação deu-se inteiramente na rede pública de ensino, contando inúmeras vezes com a generosidade de vizinhos e amigos para a compra de livros e material escolar. A mãe do Juliano, Adenilda, não sabia ler nem escrever (apenas “assinava o nome”) e foi incentivada pelo Juliano a estudar depois de adulta. Ela fez supletivo noturno e formou-se no ensino fundamental em 2009. Uma trajetória de vida muito linda, como a do Wellington.

Falei com alguns veículos da imprensa e todos que me responderam, inclusive o próprio Wellington, indicaram que a informação de que o Wellington foi o primeiro brasileiro negro a ser selecionado pelo
MBA do MIT foi dada pela Fundação Lemann, sendo que vocês têm plenas condições e facilidade para checar tal a informação e teriam logo verificado que não é verdadeira.

A história do Wellington, por si só, é linda demais e não precisaria ser divulgada de um modo que anulasse a trajetória de seus semelhantes.

As trajetórias do Juliano e da Fabiana não merecem ser esquecidas, negligenciadas, anuladas. Como se não houvessem existido.

Ainda vemos muito poucos negros em cargos de direção e presidência de empresas no Brasil, uma realidade que precisa mudar e que o Juliano viveu e vive na prática do mercado de trabalho, onde hoje implementa ações práticas diárias em favor das minorias. Por isso, ficamos super felizes ao ler a reportagem sobre o Wellington e por vê-lo brilhar no MIT.

Na verdade, também não sabemos se Fabiana e Juliano são os primeiro brasileiros negros a serem selecionados pelo MIT, mas gostaria de deixar registrada pra vocês a história de vida que eu conheço, que é a história de um homem negro, de origem pobre, que foi e é atingido pelo racismo estrutural existente no Brasil, lutou muito pela sua própria sobrevivência e também já brilhou no MIT.

Foi uma irresponsabilidade da parte de vocês e espero que façam a devida retratação a respeito desse equívoco.
02 Março 2020 7:00
Ótimo lugar para se pensar e repensar o futuro da nação.
02 Outubro 2019 14:35
Da janela a gente vê o bairro dos jardins. Pra que haja aquele verde será preciso a cidade inteira cinza? Que lógica é essa?

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