A igreja é símbolo do processo de colonização pelos Bandeirantes na região da Chapada Guimarães. A igreja já tricentenaria. Rica em todos os detalhes externos. A visita interna vamos deixar pra outro dia, pois ficou fechada.
Super histórico o santuário que a matriz da Chapada, eu acho bucólica e até misteriosa essa igreja, tem um museu super discreto, pra não dizer escondido ali. Tem estilo histórico super charmoso barroco e rococó mito raro no estado cheia de muitos detalhes e adereços no interior, e não parece mas é bem grande, tem várias salinhas e ao meu ver, cabe muita gente.
A igreja está localizada na praça principal da Chapada dos Guimarães embelezando ainda mais essa cidade tão especial. O prédio é histórico e foi tombado como patrimônio pelo Iphan. A igreja é, possivelmente, a última construção de estilo barroco no Mato Grosso. No seu interior, é possível distinguir um trabalho belíssimo de acabamento e cada detalhe proporciona um significado histórico inefável. De tarde, várias pessoas se reúnem para rezar o terço e a devoção é muito bonita de vivenciar.
A Paróquia foi fundada a 11 de agosto de l811 por Dom João VI. O primeiro nome era Santa Anna do Santíssimo Sacramento. Por ocasião da criação, da Prelazia de Chapada (Chapada dos Guimarães) foi extinta. Foi criada novamente e 17-07-1959.
Em 1727 já existia em Chapada o primeiro engenho da região de Cuiabá, como informa o capitão João Antonio Cabral Camelo. Era lugar de descanso dos moradores de Cuiabá. O lugar era conhecido com os nomes de Serra Acima, Chapada Cuiabana, Santana de Chapada. Foram os bandeirantes e garimpeiros os primeiros a chegar aqui a procura de ouro e de diamantes. Foi nesse pequeno arraial que em 1749, vindo de São Paulo por Minas Gerais e Goiás, o grande missionário itinerante e padre franciscano frei Antonio do Extremo pregou uma missão de três dias, dirigindo-se em seguida a Cuiabá. Em 1750 foi chamada a localidade de Sant’ Ana da Chapada à pequena comunidade sob a administração do Pe. Jesuíta Estevão de Castro que veio de São Paulo trazido pelo Governador D. Antonio Rollin de Moura Tavares. Em 1769 Chapada de Cuiabá foi chamada de Chapada dos Guimarães que vigora até hoje.
Chapada dos Guimarães chegou a atravessar fase de grande prosperidade como empório agrícola de Cuiabá. José de Mesquita situa em 1867 o inicio fatídico de sua decadência, concorrendo para isso “as incursões dos índios, a Guerra do Paraguai, a epidemia de varíola e, por fim a abolição”. A abolição da escravatura tornou definitiva a ruína dos engenhos de Chapada.
Na década de vinte deste século, tentou-se reerguer Chapada e fazer chegar uma nova época, um novo progresso, o governo estadual pretendia então fundar uma colônia agrícola na região. Primeiro foram chamados colonos sírios, apelidados pelo povo de turcos depois vieram russos e, por fim alemães. Mas todas estas tentativas fracassaram ou pela desistência dos colonos ou por falta de meios adequados ou por causa das dificuldades políticas.
Chapada dos Guimarães permaneceu como distrito de Cuiabá até 1953 quando foi elevada à categoria de município. A Igreja Católica tem alentada história em Chapada dos Guimarães.
Belíssimo Santuário Diocesano, onde guarda muito história, é muito bem preservado, conta com uma imagem de São José de botas, e muito detalhes desde sua construção, possui um museu, e sempre acolhe muito bem os turistas, vale muito a pena uma visita
Em 1751, o jesuíta Estevão de Crasto, na localidade de Aldeia Velha, erigiu uma capela coberta de palha, com três altares para abrigar as imagens de Sant’ Ana com a Virgem, Santo Inácio de Loyola e São Francisco Xavier. Em 1758, com a expulsão dos jesuítas, as aldeias missionárias se elevaram à paróquias. Assim, a capela de Sant’ Ana passou a ser a matriz. Em 1779, a “primitiva palhoça” foi substituída por uma igreja coberta de telha, rebocada e caiada, com capela-mor revestida de azulejos até a altura de 80 cm. Segundo Santos Simões, os azulejos são do período pombalino, pintados à mão e foram fabricados, até o final do século XVIII, em Lisboa. A igreja tinha ainda sacristia e casa para os párocos. Em 1780, a Igreja teve sua frontaria destruída por tempestade, sendo mais tarde refeita, com o acréscimo das duas torres na fachada, corredores ao lado da nave e forros de madeira no teto e no piso. Trabalhos de ótima execução em talha de madeira policromada são encontrados no altar-mor, no arco-cruzeiro, nos dois altares colaterais da nave e no para-vento da entrada. A talha dos retábulos é em estilo rococó de um primitivo ingênuo. A Igreja é considerada o último remanescente do barroco no estado do Mato Grosso e conserva, até nossos dias, seu aspecto original de 1779, embora sem as duas torres de origem. É construção de taipa de pilão e telhado em telha de barro canal e é relativamente grande, pois além da nave e capela mor, existem salas laterais e salas atrás do altar mor.