Qual é a importância de frutas, verduras e legumes na manutenção do peso saudável? A alimentação adequada e saudável promove saúde e previne doenças
A alimentação adequada e saudável é um direito básico. Fazem parte dela os alimentos in natura ou minimamente processados, aqueles que devem servir de base para todas as refeições. Nesse sentido, o consumo de frutas, legumes e verduras exerce um papel fundamental na promoção e na manutenção da saúde, e prevenção das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), sendo essencial para uma melhor qualidade de vida.
Entretanto, apesar de o Brasil ser um grande produtor de FLV, a população brasileira apresenta baixo consumo destes alimentos. De acordo com os dados do sistema Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) de 2019, em todas as capitais estaduais menos de 50% da população adulta consumiu FLV de forma regular em cinco ou mais dias da semana.
O Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos no Brasil (WFP) lançou recentemente o relatório Diálogos Regionais sobre Frutas, Legumes e Verduras durante o Diálogo Nacional para Promoção da Alimentação Adequada e Saudável, um evento que integra a agenda de trabalho do Brasil para o Ano Internacional das Frutas, Legumes e Verduras (FLV).
O objetivo dessa mobilização é impulsionar as discussões sobre Promoção da Alimentação Adequada e Saudável, com base no Guia Alimentar da População Brasileira do Ministério da Saúde, por meio do incentivo à produção, à disponibilidade, ao acesso e ao consumo de frutas, legumes e verduras. Nesse sentido, o documento alerta para o baixo consumo de FLV, com tendência à substituição de alimentos in natura e minimamente processados por alimentos ultraprocessados, e aumento simultâneo das prevalências de excesso de peso.
O consumo de frutas, legumes e verduras exerce papel fundamental na promoção e na manutenção da saúde Entendendo as classificações dos alimentos Segundo o Guia Alimentar Para a População Brasileira, uma publicação do Ministério da Saúde, existem quatro classificações importantes: alimentos in natura ou minimamente processados; ingredientes culinários; alimentos processados e alimentos ultraprocessados.
Alimentos in natura: são aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais (como folhas e frutos ou ovos e leite) e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza.
Alimentos minimamente processados: são alimentos in natura que, antes de sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas. Exemplos: grãos secos, polidos e empacotados ou moídos na forma de farinhas, raízes e tubérculos lavados, cortes de carne resfriados ou congelados e leite pasteurizado.
Ingredientes culinários: são os extraídos de alimentos in natura ou direto da natureza e utilizados como temperos, para cozinhar os alimentos e fazer as preparações culinárias. Exemplos: óleos, gorduras, sal e açúcar.
Alimentos processados: são fabricados pela indústria, com a adição de sal ou açúcar e outros ingredientes a alimentos in natura para torná-los duráveis e mais agradáveis ao paladar. Exemplos: palmito e outros vegetais em conserva, sardinhas enlatadas e queijos feitos com leite.
Alimentos ultraprocessados: são alimentos cuja fabricação envolve diversas etapas, técnicas de processamento e ingredientes, incluindo sal, açúcar, óleos e gorduras e substâncias de uso exclusivamente industrial. Exemplos: salgadinhos de pacote, refrigerantes, macarrão instantâneo e chocolate.
Frutas e hortaliças são fontes de minerais, vitaminas, fibras e outros compos